sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fim de semana


Um brinde à possibilidade de fazer nada no fim de semana - sentar em frente à TV, comer bolo e tomar café no meio da tarde, jogar conversa fora, passear com o marido e os filhos, deitar com a certeza de não ser acordada pelo despertador no dia seguinte.
Pelo menos por dois dias, olhar pouco para o relógio, fazer pouco por obrigação, andar pouco em ritmo apressado. Guardar um momento para assistir um filme, sair para um almoço simples e tranquilo, andar pelo sol.
Pensar em nada... pensar em quase nada... pensar em muito pouco.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Barata


De onde vêm as baratas? Como uma criatura nojenta e desagradável daquelas aparece na porta do quarto cheirando a limpo, ar condicionado ligado, às nove da noite? Onde habitam esses seres tão repugnantes? Que caminhos fazem para que apareçam desta forma?
Lembrei-me de um sonho que tive: encontrava um escorpião atrás de uma almofada sobre a qual eu iria recostar. Acordei assustada, procurando algum bicho peçonhento escondido no quarto.
Parece que temos sempre alguns monstros ou pequenos seres estranhos guardados em algum canto de nós, que teimam em aparecer sem aviso, em horas estranhas e inoportunas. Lógico, estranhos dificilmente são bem vindos.
A barata, eu matei. Não tenho medo. Inseticida em uma mão, chinelo na outra, não há chance para ela. O escorpião, nunca mais sonhei. Matei o sonho (pesadelo?).
De alguns monstros conseguimos nos livrar. Com outros temos que conviver, aos tropeços, por longos tempos. Fazem parte de nós. Fazem parte do que somos, mesmo que sejam vistos apenas por nós mesmo.
Não sei se é possível matá-los todos. Mas podemos deixar de alimentá-los pouco a pouco, para que padeçam a míngua, sem força de se mostrarem.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ir e vir


Uma hora inteira para ir... 45 minutos para voltar
40 km em cada trecho... 160 km percorridos por dia
(sim, duas idas e duas voltas!).
Quase quatro horas dentro do carro
Diariamente...
Irritação, desagrado.
Duas saídas: mudar de emprego ou de casa.
Optei por uma terceira via: mudei de cidade.
Minha atual preocupação:
Encontrar os dois únicos semáforos do caminho fechados
Na ida para o trabalho.
Se abertos: cinco minutos. Se fechados: sete.
Não preciso lembrar do que veio antes disso.
Gosto de saber que a vida não me foge em quatro rodas.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Des

Às vezes nos concentramos em tão minúsculos detalhes desagradáveis, que azedamos o que nos é doce com pequenas gotas de sabor acre...
Meu desejo: passar do desconforto ao "desincômodo"... quero saborear as sobremesas servidas após as refeições...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Déja vu

Estas imagens de lugares onde andei e vivi que aparecem em meus olhos sem aviso e sem razão, de mim fazem parte.
Por que elas aparecem eu não sei, apenas reconheço-as e me permito viver as sensações que delas advém.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Então, choveu...


A mesma chuva que atrapalha as idas e vindas e desarvora os mais comedidos, lava o corpo do calor e do suor que escorre desde os primeiros sinais de saudação do dia...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vício da escrita

Sem conseguir cumprir uma das minhas promessas para o novo ano (o que chamei de vício da escrita), acabo por descobrir que o trabalho é uma excelente clínica de reabilitação... não deixa tempo nem espaço para as idéias que alimentam o desejo...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Amanhecer

Hoje vi escrito em um outdoor: "Não acordo cedo, apenas aproveito melhor o dia". Nada mais perfeito para quem sai da cama às 5:20 da manhã...