terça-feira, 11 de maio de 2010

Pessoas

Trabalho com pessoas. Adultos, crianças, famílias. Gosto de gente. Sinto-me solidário com o que é humano: dúvidas, incertezas, dificuldades, contradições, medos, alegrias. Ao mesmo tempo, não deixo de estar frequentemente surpresa com alguns comportamentos, atitudes e principalmente com o nível de doenças emocionais que atingem as famílias. A sociedade encontra-se esfacelada e as famílias também estão feitas em pedaços. Pais e mães não sabem como agir com os filhos, não há limites construídos para os comportamentos e, principalmente para as ações, não há valores éticos permeando as escolhas e atitudes dos adultos e, consequentemente, das crianças. Pais ausentes, mães ocupadas, crianças voluntariosas. Consumistas, materialistas, superficiais. Egocêntricos, acríticos, descentrados. Todos. Muitos. Doentes emocionalmente, psicologicamente, tais crianças crescerão sem norte, sem suporte, sem escolhas, perpetuando a doença da sociedade. Preocupação...

Um comentário:

roberta lopez disse...

OI Analu querida! Há tempos eu não passava por aqui, estava com saudades... Este texto expressa exatamente as minhas vivências e preocupações profissionais e pessoais. Doença emocional é o grande mal do nosso século. Mas creio que nós, profissionais da educação e da saúde mental, podemos dar singelas contribuições para tanta coisa amalucada que nos deparamos por aí... Tenho certeza que você,assim como eu, acredita nissso. Por isso, escolhemos trabalhar com o que trabalhamos... Um beijão!