quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Trigêmeos

Minha irmã teve três bebês. Trigêmeos. Três de uma só vez, juntos. Milagre da vida e da ciência. Tudo em triplo: sustos, alegrias, descobertas, choros, fraldas, resfriados, banhos, tombos, cansaço... E o encantamento... Três pequenas criaturas diferentes que nos seduzem em dose tripla.
Não os tenho por perto. Moro longe. Sinto falta de vê-los crescer e descobrir o mundo como fizeram meus filhos antes deles.
Descobri que são um pouco meus também, que adoro saber deles e seus pequenos passinhos (ainda que estejam engatinhando por hora). Que minha irmã tem dentro de si uma força e uma disposição que nem mesmo ela sabe que tem. E minha mãe, um grande coração e uma generosidade sem par, num trabalho cotidiano que não parece querer acabar.
É algo único a acontecer com uma pessoa. E com todos em volta. Não há filho que seja igual. Não há experiência que seja a mesma ou que não possa ser partilhada. A experiência da maternidade (e da paternidade também) é singular porque nos deixa marcas eternas, nos modifica de forma definitiva, sem chances de retorno ao que éramos antes deles, dos filhos. A experiência da minha irmã transcende a imaginação e nos faz pensar que a vida é dotada de um sentido quase que inescrutável, mas cheio de surpresas que nos levam a supor, por vezes, que a divindade, definitivamente, habita em nós.

4 comentários:

Marilena disse...

Muito lindo! Adorei! Ou melhor, adoramos...

Elaine disse...

Analu, seus textos dão vontade de chorar de tão bem escritos e lindos que são. Parabéns minha amiga.

Anônimo disse...

Analu, só vc com toda a sua sensibilidade e afetividade poderia escrever este tão emocionante texto. Que sorte dessas criança (e incluimos aqui seus filhos)a terem como tia(e mãe).Parabéns.Heloisa S. Capelatto

Unknown disse...

Ainda haverá um dia que entenderemos por qual motivo Deus me escolheu para ter trigêmeos... Enquanto isso vamos curtindo (e levando) cada momento dos desenvolvimento deles... Um super beijo e amei o texto!