quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Vasto mundo

O mundo é grande e, desde o início, pouco familiar. Com o tempo, ele vai nos mostrando todas as coisas - seus lugares, seus encantos e sua escuridão... Nos mostra também aqueles que nele vivem - as pessoas, o mais importante. Torná-lo familiar é um processo lento, difícil, doloroso por vezes... O processo da vida. É o que nos move e o que nos transforma. Quanto mais vivemos e mais conhecemos, mais partilhamos dessa aventura de sermos apresentados a tudo o que nos rodeia...
Quero sentir o mundo dentro de mim, quero tê-lo como algo cada vez mais conhecido e, ao mesmo tempo, sempre novo... Quero não ter medo de ir em frente e ver o que ainda não vi, nem sei, nem ter vontade de voltar sempre ao lugar primeiro - o ninho, inicial, familiar, sempre encantado. Quero ganhar asas, voar, me sentir mais leve, poder ver tudo o que está em volta com olhos de supremo interesse e de desejo curioso. Quero ter comigo, sobretudo, as pessoas, sempre... aquelas que passam e que encantam, de algum modo, com sua fala, seus olhos, sua doçura, sua sabedoria ou apenas com seu bom humor...
Como Fernando Pessoa, quero sentir-me nascida a cada dia para a eterna novidade do mundo, tendo o medo apenas como um tempero, um "frio na barriga", nunca um impedimento.

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